O conceito “Gravidez de 12 meses” foi criado pelo Dr. Sérgio Peixoto, Professor Associado Livre-docente de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. Ele sugere que o pré-natal deve começar antes mesmo da concepção. A ideia é que os pais comecem a se preparar fisicamente e psicologicamente ao menos três meses antes de engravidar.
A gravidez mexe muito com a sensibilidade e emoção, se os pais estiverem preparados e seguros em relação a série de mudanças que irá ocorrer em suas vidas, maiores são as chances de o parto ser tranquilo. Além disso, a procura pelo ginecologista antes da concepção, permite esclarecer dúvidas, receber informações relevantes, e fazer exames laboratoriais para checar a vida do casal. O que é muito importante, caso haja a necessidade de fazer algum tratamento adequado antes de engravidar.
Na ocasião, o médico fará a atualização das vacinas, indicará exercícios e cuidados com a alimentação dependendo dos hábitos da paciente, e irá verificar se o pai ou a mãe tomam medicamentos, fumam, usam álcool ou algum tipo de droga, ou têm alguma característica genética que seja um fator de risco para a gestação. Se a mãe tem alguma doença preexistente como diabetes ou pressão alta, o médico deverá tomar providências para equilibrar as taxas e prevenir futuras complicações.
O especialista poderá ainda receitar o uso de ácido fólico, que deve ser tomado três meses antes da gestação, com o objetivo de diminuir a incidência de malformações do feto. E então, quando tudo estiver em ordem, é a tão esperada hora de engravidar
Importância do Pré - Natal
O Pré-Natal é essencial para garantir a saúde do bebê da mamãe, além de evitar um parto com riscos. Com o pré-natal é possível acompanhar passo a passo o desenvolvimento do feto, e se houver algum problema, é possível detectá-lo precocemente, o que aumenta as chances de resolvê-lo. No caso das mães, algumas doenças como a diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia podem aparecer durante a gravidez, trazendo graves consequências para a gestante, porém, esses problemas também podem ser controlados com o pré-natal.
Como fazer o Pré-Natal
Primeiro, a gestante deve procurar um ginecologista e é muito importante que ele seja de confiança. Normalmente, as mulheres já possuem uma rotina com um, mas caso não for um que passe segurança, é hora de procurar. Indicações de amigas são sempre bem vindas. Uma boa ferramenta para buscar informações sobre o profissional é o site do Conselho Regional de Medicina, que traz uma relação de todos os médicos devidamente inscritos no CRM. Estude a vida profissional do médico e certifique-se de que tenha especialização em Ginecologia e Obstetrícia.
A grande maioria dos médicos ginecologistas é também obstetra. Alguns poucos profissionais acabam se dedicando apenas ao atendimento no consultório e não realizam partos. Se for o caso do seu médico, ele deverá indicar um colega para realizar o pré-natal.
Durante a gravidez surgirá alguma dúvidas nos futuros pais, é importante anotá-las para não esquecer de esclarecer nenhuma delas durante o acompanhamento com o médico. Geralmente, as consultas médicas são mensais até o sétimo mês de gestação, quinzenais até a 36ª semana e semanais até o final da gestação.
Quais os exames do Pré-Natal
Existe uma lista de exames básico que toda mulher grávida deve fazer. A maioria deles são exames de sangue feitos em laboratório como o hemograma completo, para checar se a mulher está com anemia ou infecções, glicemia, para verificar a taxa de glicose no sangue, e algumas sorologias como HIV, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis e hepatite B e C, além de tipagem sanguínea e fator Rh. O médico deve ainda solicitar exames de urina e fezes.
Alguns desses exames serão repetidos durante a gravidez, como o hemograma, realizado mensalmente, a glicemia, que é repetida na 26ª semana de gestação, além de algumas sorologias para verificar se a mulher foi infectada durante a gravidez. O ideal é que a gestante realize três ultrassonografias: uma no primeiro trimestre da gravidez para avaliar o tempo de gestação com mais precisão, outra no segundo semestre, quando os órgãos já estão formados, e a última no terceiro trimestre para acompanhar o crescimento fetal.
Cosa a gestação seja de risco, ou se os resultados estiverem fora do padrão, o médico poderá pedir outros exames adicionais ou repetir alguns de acordo com a necessidade para uma melhor avaliação.
Até a próxima, mamães! :*