Olá mamães, hoje vamos tratar de um assunto um pouco polêmico, vamos falar sobre o uso do andador.

A ansiedade para ver os primeiros passinhos do filhos é tanta que há pais que acabam colocando os pequenos em andadores, achando que podem contribuir com o aprendizado do caminhar. Outros colocam os filhos dentro do aparato para realizar outras funções, pois acreditam que assim eles ficam mais independentes.  Porém, o que deve ser feito, é justamente o contrário.

O andador transmite uma falsa sensação de segurança a quem está tomando conta da criança. Como ela está presa no andador, as pessoas tendem a deixá-la por mais tempo sozinha, quando na verdade deveria ter os cuidados redobrados.

Os andadores podem chegar à velocidade de 1 metro por segundo e fugir do controle num piscar de olhos. Nele as crianças ficam susceptíveis a várias situações de risco, por exemplo, escadas, piscinas e cantos de mesa. Elas ainda não têm maturidade física e emocional para tanta liberdade, qualquer objeto pode travar as rodinhas e fazê-lo tombar.

Na maioria dos acidentes com o andador, a primeira parte do corpo do bebê a ser atingida é a cabeça, podendo haver traumatismos cranianos de diversas proporções, desde leves e sem consequências, até bem mais graves e, em casos extremos, fatais.

Em uma pesquisa sueca, foi feita a análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos. O resultado considerou o andador o produto infantil mais perigoso. Outra pesquisa, afirma que 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob a supervisão de um adulto.

Ainda de acordo com pesquisas científicas, andadores não demonstram nenhum benefício para desenvolvimento motor da criança. Para atingir os marcos do desenvolvimento, o bebê precisa passar pelas fases de rolar, sentar, engatinhar (é verdade que alguns pulam essa fase) e brincar no chão.

Em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida desde 2007 (incluindo os artigos usados). No Brasil, o produto é facilmente encontrado nas lojas, não há nenhuma legislação que proteja a criança nesse caso, portanto, a responsabilidade só depende dos pais.

Quer incentivar os primeiros passos do seu filho?

Existem algumas estratégias simples para quem quer incentivar os primeiros passinhos do seu baixinho:

•           Deixar o bebê andar descalço;

•           Caminhar com o bebê, segurando-o pelas mãos;

•           Chamar pelo bebê a alguns metros dele para o incentivar a andar;

•           Chamar pelo bebê a alguns metros dele para pegar o seu brinquedo favorito.

Lembrando que, durante todo este processo, é importante os pais transmitirem calma e segurança ao bebê e deixá-lo explorar o espaço para ele se sentir seguro e confiante e conseguir andar.

Até a próxima, mamães! :*