Rubéola na gestação: o que você precisa saber

Rubéola na gestação: o que você precisa saber

Apesar de não parecer grave em adultos, a rubéola pode ser extremamente perigosa para gestantes e fetos. A doença é causada por um vírus, geralmente transmitido através de secreções como saliva, em contato íntimo e beijos, muco das pessoas infectadas ou pelas vias respiratórias, produzidas por tosses e espirros.

A doença é caracterizada por manchas vermelhas, que têm início no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se pelo corpo.

A rubéola congênita, transmitida da mãe para o feto, é o caso mais grave, pois além do risco de aborto, pode provocar diversas consequências para o bebê. São elas:

  • Microcefalia
  • Púrpura
  • Surdez
  • Problemas cardíacos como estenose da artéria pulmonar, defeito no septo ventricular e miocardite
  • Retardo mental
  • Anemia hemolítica
  • Meningoencefalite
  • Alteração nos olhos como cegueira, catarata, glaucoma e retinopatia
  • Lesões no sistema nervoso como meningite crônica e vasculite com calcificação
  • Problemas no fígado como fibrose e transformação de células gigantes hepáticas

Estas complicações podem ocorrer quando a mulher contrai a rubéola durante a gravidez ou quando toma a vacina contra a doença durante a gestação. O risco de transmiti-la para o bebê é maior nos três primeiros meses de gestação.

 

Quais são os sintomas?

A mãe pode perceber alguns sinais da doença, que são semelhantes ao da gripe, como:

  • Dor ao engolir
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo
  • Coriza
  • Febre
  • Aparecimento de ínguas
  • Manchas avermelhadas

 

Como saber se o bebê foi afetado?

 

Deve-se realizar o pré-natal e todos os exames necessários para avaliar o desenvolvimento dos órgãos e tecidos do bebê. O ultrassom morfológico, que geralmente é realizado entre 18 e 22 semanas de gestação, indica se existe malformação cardíaca ou lesões cerebrais, porém, algumas alterações só podem ser vistas depois do nascimento, como a surdez, por exemplo.

 

Tratamento e Prevenção

 

Alguns analgésicos e antitérmicos podem ajudar a diminuir o desconforto, aliviar as dores e a febre. O repouso é recomendado durante o período crítico da doença.

Vale lembrar que o bebê, quando afetado pela rubéola, pode transmitir o vírus por até um ano. Então, devem permanecer afastados de outras crianças e gestantes.

A vacina contra rubéola é eficaz em praticamente todos os casos. Ela deve ser aplicada em crianças aos 15 meses de vida. Lembrando que as mulheres que não tiveram a doença devem ser vacinadas antes mesmo de engravidar.

 

Portanto, mamães e papais, fiquem atentos às vacinas e não deixem de realizar todos os exames e pré-natal. A saúde da mamãe é fundamental para a vida saudável e bem estar do bebê.

Voltaremos na próxima semana, com mais dicas e informações. Beijinhos!